Este é a Página oficial da IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS
JD.MARACÁ, localizada no Rua Manoel Alves do Santos no
bairro do Jardim Gismar do estado de São
Paulo capital. A igreja esta vinculada ao setor 06, do Ministerio do
Belém. Aqui você poderá conferir informações sobre nossa congregação, conhecer
nossos departamentos, ter informações sobre os cultos, eventos e acompanhar
nossos principais trabalhos.
O sermão
do monte apresenta princípios éticos e morais pertinentes ao reino do Messias?
Que relação há entre a degradação moral do gênero humano e os princípios
anunciados por Jesus? O sermão do monte é um conjunto de normas e princípios de
cunho ético e moral? É um estatuto do reino de Cristo? Basta comportar-se
segundo alguns princípios éticos e morais que o homem terá direito ao reino dos
céus?
E Jesus,
vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os
seus discípulos; E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:
Bem-aventuradosos
pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventuradosos
que choram, porque eles serão consolados;
Bem-aventuradosos
mansos, porque eles herdarão a terra;
Bem-aventuradosos
que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
Bem-aventuradosos
misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
Bem-aventuradosos
limpos de coração, porque eles verão a Deus;
Bem-aventuradosos
pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Bem-aventuradosos
que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventuradossois
vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal
contra vós por minha causa.
( Mt 5:1
-11)
Há várias
teorias que tentam explicar o sermão do monte.
Para
alguns estudiosos o sermão do monte é um 'evangelho' exclusivo do reino de
Jesus. Outros compreendem que o sermão apresenta princípios éticos e morais
pertinentes ao reino do Messias. Geralmente fazem um comparativo entre a
degradação moral do gênero humano e os princípios anunciados no sermão.
Diante
das análises e de algumas contradições, ficam as questões: O sermão do monte é
um conjunto de normas e princípios de cunho ético e moral? É um estatuto do
reino de Cristo? Basta praticar o que Jesus anunciou e o homem terá direito ao
reino dos céus?
Para
compreendermos a mensagem de Jesus, é necessário observarmos alguns versículos
do Antigo Testamento e a dinâmica do aprendizado da Escritura naquela época.
Dentre vários versículos destacamos:
"Bem-aventurado
tu, ó Israel! Quem é como tu? Um povo salvo pelo SENHOR, o escudo do teu
socorro, e a espada da tua majestade; por isso os teus inimigos te serão
sujeitos, e tu pisarás sobre as suas alturas" ( Dt 33:29 );
"Provai,
e vede que o SENHOR é bom; bem-aventurado o homem que nele confia" ( Sl
65:4 );
"Bem-aventurado
aquele a quem tu escolhes, e fazes chegar a ti, para que habite em teus
átrios" ( Sl 34:8 );
"Bem-aventurado
o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos
aplanados" ( Sl 84:5 ).
Sobre a
dinâmica do aprendizado do povo judeu, destacamos:
Vários
livros do Antigo Testamento fazem referência à bem-aventurança. Dentre eles o
livro de Provérbios e o livro dos Salmos são os que mais fazem referências as
bem-aventuranças. Estes livros do Antigo Testamento eram lidos constantemente
nas sinagogas, e mesmo aqueles que não sabiam ler conheciam de cor algumas das
citações, entre elas as que envolviam a idéia da bem-aventurança.
É
importante lembrar que naquela época um livro era caríssimo, e o povo não tinha
acesso ou não sabiam ler, o que fortalecia a necessidade de memorizar o que era
lido. Eles dependiam da leitura no templo para ouvirem trechos da lei, dos
profetas e dos cânticos. O livro de Provérbios e os Cânticos dos Salmos
auxiliavam em muito no processo de memorização.
Outra
característica dos textos que fazem referência a bem-aventurança é a conexão
com o nome do Deus de Israel. No Antigo Testamento a idéia da bem-aventurança
decorre do favor de Deus para com os homens.
Um mestre
sempre se assentava para ensinar e Jesus assentou sobre o monte cercado pelos
seus discípulos e pela multidão. A multidão ao ver que Jesus se assentou,
cercou-lhe ansiosa para ouvir o discurso.
Jesus
havia percorrido toda a Galiléia curando os enfermos, ensinando nas sinagogas e
pregando o evangelho. A notícia de suas ações percorria todas as cidades. Uma
grande multidão vinda de várias cidades o seguia ( Mt 4:25 ).
Vendo
Jesus a grande multidão subiu a um monte e assentou-se ( Mt 5:1 ); os seus
discípulos aproximaram-se e ele passou a ensiná-los!
Há muito
tempo que o povo ouvia falar das bem-aventuranças prometidas nas escrituras,
mas a situação era de opressão e miséria.
A fama de
Jesus havia criado uma expectativa na multidão, e quando Jesus falou sobre a
bem-aventurança, materializou-se a esperança dos ouvintes. Anos após anos os
pais anunciavam aos filhos uma época de alegria plena, mais ainda não tinham
experimentado da alegria prometida por Deus.
O sermão
do monte iniciou-se com uma mensagem de alegria a um povo oprimido e sem
esperança. Jesus apresenta uma esperança viva, porém, o discurso endurece logo
em seguida. O povo esperava refrigério e segurança nesta vida. Esperavam um
Messias que os libertasse da escravidão política.
Qual a
mensagem Jesus transmitiu ao povo no sermão do monte? Sobre que alegria Jesus
falou? Que esperança foi transmitida? A alegria prometida dependia do
cumprimento de mais normas e regras?
Conheça
um pouco mais sobre este importante sermão!
"Bem-aventurados
os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus"
As
pessoas ao ouvirem: "Bem-aventurados...", logo fizeram conexão com
algumas das citações bíblicas. Será que Ele comentará um dos Provérbios? Será
que ele citou Salmos? Ou a abordagem dele será extraída da lei?
A
bem-aventurança é um tema que prendeu a atenção dos ouvintes de Jesus e em
nossos dias ainda cria expectativa nos leitores. Afinal, quem não quer ser
bem-aventurado?
Quando
Jesus complementa: "Bem-aventurados OS POBRES..." a mensagem toca
ainda mais os ouvintes. Esta seria uma mensagem inesquecível, pois tocou a
emoção do povo: "Será uma revolução social? É agora que alcançaremos a
hegemonia política e a paz prometida?".
A
promessa de alegria aos pobres é plenamente compreensível, mas o que entender
do qualificativo adicionado ao substantivo pobre? "Bem-aventurados os
pobres de espírito...". Quem são os pobres de espírito?
Jesus
estava rodeado de pobres de várias cidades circunvizinhas. Se a mensagem fosse
somente: 'bem-aventurados os pobres', ela seria aceita e ovacionada pela
multidão! Jesus teria conquistado os seus ouvintes e mais seguidores. Mas, como
um povo que professava 'a melhor' religião, com princípios éticos e morais
intocáveis e que se consideravam filhos de Abraão poderia aceitar ou
reconhecer ser um 'pobre de espírito'?
Como
alguém observador da lei reconheceria a condição de pobreza espiritual?
No Antigo
Testamento não consta o conceito 'pobre de espírito'. Mas, Aquele que
representava uma esperança de mudança na condição do povo, apresenta um novo
conceito e uma necessidade de reconhecer uma condição que caracteriza os
pecadores ou os incircuncisos. Como um filho de Abraão poderia reconhecer que
era pobre de espírito?
Jesus
completou a frase: "...porque deles é o reino dos céus". Muitos se
perguntaram: De quem é o reino dos céus? Dos pobres de espírito?
Além do
mais, o povo estava a procura de curas, de pães, de peixes, de um reino
terreno, mas Jesus estava falando de um outro reino: do reino dos céus!
Onde fica
este reino? O que é o reino dos céus?
Para
responder essas perguntas devemos observar a mensagem que foi anunciada desde o
nascimento de Cristo: "E, naqueles dias, apareceu João batista pregando no
deserto da Judéia, e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos
céus" ( Mt 3:1 -2); "Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer:
arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus" Mt 4: 17.
Verifica-se
que o reino dos céus diz da pessoa de Cristo, como profetizou Isaias e
reafirmou João Batista:"Porque este é o anunciado pelo profeta Isaias, que
disse: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as
suas veredas" ( Mt 3:3 ).
Quando
Jesus disse: "Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o
reino dos céus", Ele não estava denunciando a moral do povo. Ele não
estava apregoando um reino humano ( Jo 18:36 ). Também não estava em busca de
uma melhoria na condição socioeconômica do povo ( Jo 12:8 ). Antes Jesus estava
se apresentando ao povo por parábolas.
Com a sua
mensagem, Jesus expôs ao povo que Ele é o acesso ao reino dos céus, e que todos
aqueles que reconhecessem que eram pobres de espírito, estes seriam
bem-aventurados. Àqueles que reconhecessem a precária condição espiritual que
se encontravam, pertenciam o reino dos céus, que é Cristo. Eles precisavam
reconhecer que eram necessitados espiritualmente.
Enquanto
queriam pão, Jesus estava apresentado o pão vivo que desceu dos céus. Enquanto
buscavam um reino, Jesus estava lhes abrindo a porta do reino dos céus. A
relutância em aceitar a condição de necessitados espiritualmente persistiu até
mesmo entre os discípulos que criam nele: "Responderam eles (os judeus que
criam nele): somos descendentes de Abraão, e jamais fomos escravos de
ninguém" ( Jo 8:31 -33).
Eles
acreditavam estar abastados espiritualmente por serem descendentes de Abraão.
Ao se auto proclamarem como filhos de Abraão, os judeus estavam cônscios de que
eram filhos de Deus ( Jo 8:41 ). Ser filho de Abraão para eles era o mesmo que
ter a filiação divina. Por isso João Batista disse que das pedras Deus poderia
fazer filhos para si. Em razão desta crença os judeus não admitiam que eram
escravos de ninguém, uma vez que se admitissem ser escravos, era o mesmo que
admitir que alguém havia conquistado o próprio Deus ( Jo 8:33 ).